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Foco na equipe: tendência aponta para gestão de grupos substituindo a gestão individual

Você sabe o que isso representa para as organizações? Leia e entenda

A essência de uma companhia está em sua cultura organizacional, caracterizada pelo conjunto de hábitos e crenças estabelecidos através de valores, normas e atitudes, compartilhadas por todos os membros da organização.

Da era industrial até hoje, percebem-se grandes mudanças nos elementos que compõem a cultura organizacional de uma empresa. Durante a Revolução Industrial, o foco esteve totalmente voltado para a produtividade e a eficiência. Neste cenário, cada indivíduo possuía um papel definido.

Já na era da informação, a atenção foi transferida para o conhecimento e a expertise das pessoas, que foram incentivadas a quebrar fronteiras e se especializarem. Ou seja, sair da zona de conforto, buscar conhecimento e colocar à serviço da organização. Tal foco deu origem à meritocracia, sistema ou modelo de hierarquização e premiação baseado nos méritos pessoais de cada indivíduo.

Com a era digital, as empresas foram obrigadas a reescrever seu modelo de gestão. As estruturas hierárquicas, mais rígidas, foram sendo substituídas por equipes ágeis e empoderadas. As novas regras foram criando oportunidades para novas experiências de aprendizagem, que permitem aos funcionários desenvolver habilidades rapidamente. Cria-se, então, um ambiente que preza pela evolução do indivíduo em prol de um objetivo comum: reconhecimento do time como um todo para a geração de resultados.

Quando focamos na gestão de pessoas, potencializamos movimentos isolados, onde o funcionário deve resolver seus desafios baseado apenas nas suas próprias competências. Já na gestão de grupo, o desafio se torna coletivo e todas as competências são estimuladas para que o resultado final seja positivo.

Em gestão de pessoas, é importante que todos sejam protagonistas, ou seja, não é uma carreira solo, é preciso estar preparado para se responsabilizar pelas atitudes, em prol do time. Neste modelo, talentos brilhantes, que jogam sozinhos, não têm mais espaço. Uma pessoa brilhante que não joga pelo time, definitivamente, não consegue avançar e pode, inclusive, ser tóxica para a companhia.

Essa transição, de gestão individual para gestão de grupo, leva tempo, mas percebe-se que o mundo tem olhado cada vez mais atentamente para essa nova perspectiva. Isso porque, as pessoas já são convidadas, em seu dia a dia, a participarem e serem protagonistas em favor do bem comum da sociedade em que vivem. Mas, no universo corporativo, os indivíduos ainda precisam aprender mais sobre o tema para assumir essa consciência, baseada na visão horizontal e não mais no formato hierárquico. E, para isso, é preciso um trabalho educativo, temos que mudar processos para alcançar os melhores resultados.

O princípio básico para a implementação da gestão de grupo, é fazer com que as pessoas enxerguem propósito neste modelo e se conectem de forma emocional. Somente assim darão valor e, realmente, irão dar o seu melhor para o grupo. Além disso, é importante trabalhar de forma multidisciplinar, ter lideranças abertas a ouvir, com pensamento focado em gerar resultado através do time. É preciso que o grupo tenha um propósito único e que esse propósito esteja focado em gerar valor pro cliente.

Precisamos ter consciência de que vivemos novos tempos, precisamos fazer essa análise de contexto e cenário e ver como estamos nos preparando para esse movimento dentro das companhias. A mudança veio pra ficar e a área de gestão de pessoas tem um papel fundamental.