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Inadimplência cai com juros
Em maio de 2011, o índice havia atingido 62,9 pontos.
Os consumidores podem esperar novas quedas das taxas de juros no segundo semestre do ano. Segundo o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em depoimento ontem na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (Cae), ainda não chegou à ponta toda a redução de 400 pontos que o Comitê de Política Monetária (Copom) provocou na taxa básica de juros da economia nos últimos meses.
Com a queda dos juros para o consumidor, Tombini também espera uma queda consistente da inadimplência que, em abril, bateu em 7,6% das operações com as pessoas físicas e assustou o sistema financeiro. De acordo com Tombini , as quedas do juro e do spread — que é o que os bancos ganham ao emprestar os recursos captados de terceiros — e a aceleração da economia, assim como a garantia de emprego e renda crescentes, irão ajudar no recuo da inadimplência.
De acordo com Tombini, graças aos estímulos que o governo tem dado a determinados setores da economia os consumidores encontram melhores condições de financiamento. Um exemplo são os empréstimos para a aquisição de veículos. Segundo dados do BC, os financiamentos a partir de agosto de 2011 já apresentam inadimplência menor.
O presidente do BC assegurou que as famílias brasileiras têm um perfil de dívida de curto prazo, o que contribuiu para uma mudança do padrão da inadimplência também num horizonte mais curto. Para Tombini, a concessão de crédito não está parada no país e há espaço para crescimento a taxas mais moderadas.
O otimismo das famílias em relação à economia do país manteve-se estável em maio, segundo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Índice de Expectativas das Famílias (IEF), medido mensalmente, registrou, tanto em maio quanto em abril, 67 pontos. Em maio de 2011, o índice havia atingido 62,9 pontos.