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Cloud Computing mudará a informática, prevê IBM
Para a IBM, o tempo de maturação desta tecnologia no mundo será entre dois e cinco anos
A propagação do cloud computing, ou computação em nuvem, modelo de armazenagem que aloca dados em servidores externos, é um movimento irreversível. Portanto, mais cedo ou mais tarde terá que fazer parte do planejamento dos departamentos de informática de praticamente todas as empresas.
O gerente de Novas Tecnologias da IBM Brasil, Cezar Taurion, afirmou que na próxima década o uso do cloud computing será comum, e a diferença entre uma empresa ou outra na sua utilização será a preferência por estruturas privadas ou públicas e quais dados incluirão nos servidores externos. "Estamos em uma nova fase da informática, ainda incipiente no Brasil, mas avançada em países desenvolvidos e na China", comentou Taurion, durante o 3º Ciclo de Decisões da Câmara Americana de Comércio (Amcham), em Porto Alegre.
Para a IBM, o tempo de maturação desta tecnologia no mundo será entre dois e cinco anos, período em que as companhias conhecerão as vantagens e as peculiaridades dos servidores externos. É comum que haja cuidados e desconfiança com segurança no início deste processo, assim como ocorre com as inovações.
As principais vantagens do cloud computing são a ampliação do espaço de servidores, uma vez que uma empresa com 50 servidores dentro de sua sede poderá contar com 300 do outro lado do mundo, sem ocupar espaço em seu escritório, e a possibilidade de agregar mais agilidade aos projetos de informática, cujo tempo de transferência cai de semanas para horas.
Em geral, as companhias que aderem ao cloud computing começam por deslocar os e-mails dos funcionários para servidores de fora e depois transferem dados mais amplos e estratégicos. O setor público americano já adota a ferramenta. Grandes cidades como Nova Iorque e Los Angeles passaram a transferir os e-mails dos servidores municipais para o Gmail. "A implementação do cloud computing nas empresas dependerá de sua tecnologia e a política de Tecnologia da Informação (TI), mas o certo é que ocorrerá", garante Taurion. No Brasil, o início do uso massivo da ferramenta deve ocorrer com os bancos, que demandam uma série de investimentos em banco de dados e investem pesado em sistemas de segurança.